A atitude da skatista Rayssa Leal, ao compartilhar uma mensagem bíblica em libras durante sua apresentação nas Olimpíadas, continua repercutindo, não apenas nas redes sociais.
Desta vez, foi o comentarista político Caio Coppolla que abriu espaço durante ‘O Grande Debate’, na CNN Brasil, que discutia o resultado das eleições na Venezuela, para falar sobre a medalhista brasileira.
“Eu preciso me manifestar em uma questão, pessoalmente, sobre outra piada internacional, uma ‘olimpíada’, se vocês me permitem o trocadilho, para falar da nossa medalhista olímpica e bicampeã mundial de skate, a Rayssa Leal”, iniciou sua fala.
Caio mencionou que a atleta recebeu uma advertência do Comitê Olímpico Internacional (COI) por fazer gestos proibidos durante a competição.
“Aí você me pergunta: seriam esses gestos obscenos? Não, de maneira alguma. As obscenidades estão liberadas, pelo menos a julgar pelo mau gosto na abertura da edição francesa das Olimpíadas. Os gestos da Rayssa, que estão sujeitos à punição, foram feitos em Libras, a linguagem de sinais, e significam literalmente ‘Jesus é o caminho, a verdade e a vida’, uma adaptação de João 14:6”, explicou.
Mostrando sua indignação, Caio disse: “Aparentemente, o COI não vê problemas em apresentações eróticas para celebrar os jogos esportivos, mas se escandaliza com a liberdade de crença dos atletas.”
“Então, que a Rayssa, esse jovem orgulho da nação brasileira, encontre forças no mérito da sua vitória e também na sabedoria bíblica: seja forte e corajosa, não se apavore nem desanime, pois o Senhor estará com você por onde você andar. Isso é Josué 1:9”, finalizou.
Em meio a uma possível advertência devido à proibição do COI sobre mensagens religiosas durante competições internacionais, a atleta afirmou que o comunicado “é importante para o mundo”.
Em entrevista ao UOL, ela respondeu: “Eu fiz porque faço em todas as competições. Para mim é importante, eu sou cristã, acredito muito em Deus. Ali eu pedi forças e mandei uma mensagem para todo mundo, que realmente Deus é o caminho, a verdade e a vida. Fiz em língua de sinais, porque provavelmente o microfone não ia pegar a minha voz, então foi o meio que achei de comunicar com todo mundo. Eu acho isso muito importante”.