Conheça 10 atletas cristãos que competem nas Paralimpíadas de Paris



As Paralimpíadas começaram nesta quarta-feira (28), com aproximadamente 4.400 atletas disputando 22 esportes. Ao longo dos próximos 10 dias de competição, 280 atletas brasileiros estarão em ação, representando o país.

Assim como os Jogos Olímpicos, as Paralimpíadas acontecem a cada quatro anos e reúnem atletas deficientes de vários países. Nesta edição, também há equipe de refugiados, composta por oito atletas e um guia.

Para garantir uma competição justa, as Paralimpíadas utilizam um sistema de classificação que agrupa atletas com habilidades funcionais semelhantes, considerando movimento, coordenação e equilíbrio.

Cada classe é identificada por uma letra, representando o esporte (como S para natação), e um número, que indica o grau de comprometimento (quanto menor o número, maior o comprometimento, em geral).

Nesta edição das Paralimpíadas, os atletas cristãos representam nove países e competem em 12 esportes, incluindo ciclismo paralímpico, natação paralímpica, arremesso de peso e rúgbi em cadeira de rodas.

Conheça dez desses esportistas:

1. Alan Fonteles Cardoso Oliveira, Brasil – Corrida

Nos Jogos de Londres 2012, Alan Fonteles Cardoso Oliveira conquistou o ouro na final masculina dos 200 metros T44, superando o favorito sul-africano Oscar Pistorius com um tempo de 21,45 segundos.

A categoria T44 é para atletas paralímpicos com movimento na parte inferior da perna afetado de forma leve a moderada. A repentina fama levou Oliveira a tirar um ano sabático do esporte, retornando em 2015 para competir no Rio 2016 e em Tóquio 2020.

As pernas de Alan Fonteles foram amputadas quando ele tinha menos de um mês devido a uma infecção intestinal que evoluiu para sepse. Ele começou a correr com pernas protéticas de madeira, enfrentando sangramentos durante os treinos.

Para os Jogos de Paris, Fonteles competirá na corrida T44 de 200 metros e tem compartilhado versículos bíblicos como Salmo 37:5–27 — “Comprometa-se, confie e espere” — em sua conta do Instagram. Ele expressou sua gratidão, escrevendo: “Deus tem sido incrível e sei que ainda há muito mais por vir.”

2. Alexandre Galgani, Brasil – Tiro Paraesportivo

Aos 18 anos, Galgani sofreu uma lesão na coluna ao mergulhar em uma piscina, perdendo a mobilidade na maior parte do corpo. Agora compete em uma categoria de tiro onde os atletas utilizam suporte para atirar, devido à falta de mobilidade nos braços.

O paralímpico, que representou o Brasil nos Jogos de Tóquio 2020, refletiu sobre o poder das segundas chances em uma postagem no Instagram em junho. Ele escreveu: “Então Deus me disse: ‘Você aproveitará sua vida. Aprenderá a olhar para o futuro sem a dor do passado e encontrará uma maneira de fechar feridas que pareciam eternas’.”

“Toda a honra àquele que me fortalece diariamente, Deus.”

3. Andreza Vitória de Oliveira, Brasil – Bocha

A atleta começou a praticar bocha aos 14 anos e, hoje com 23, é campeã mundial e conquistou ouro nos Jogos Parapan-Americanos do ano passado. Ela competiu pela primeira vez nas Paralimpíadas de Tóquio em 2020 e está determinada a trazer uma medalha paralímpica para casa, com o apoio de sua fé.

Diagnosticada com síndrome de Leigh aos dois anos, uma condição neurodegenerativa que compromete a caminhada, Andreza começou a usar cadeira de rodas aos 11 e foi apresentada ao esporte por sua mãe alguns anos depois.

“Quando você encontra felicidade fazendo algo que ama, cada momento se torna uma bênção, e cada esforço se transforma em uma fonte inesgotável de realização e gratidão”, compartilhou no Instagram em abril.

4. Daniel Romanchuk, EUA

Com apenas 26 anos, Daniel Romanchuk se prepara para sua terceira Paralimpíada, buscando retornar ao pódio após suas conquistas em Tóquio.

Em 2021, ele ganhou ouro na emocionante corrida T54 de 400 metros, superando o tailandês Athiwat Paeng-nuea por 0,01 segundos. (A categoria T54 é para atletas paralímpicos com função funcional da cintura para cima.) Dias depois, Romanchuk também conquistou uma medalha de bronze na maratona.

Antes dos Jogos deste ano, Romanchuk obteve um segundo lugar na Maratona de Boston com um tempo pessoal de 1:20:37 e também ficou em segundo na Maratona de Londres.

Ele expressou sua gratidão, dizendo: “É uma grande honra ir aos Jogos e representar os EUA em um cenário mundial. Realmente grato a Deus pelas oportunidades que tive.”

5. Herbert Aceituno, El Salvador – Para Powerlifting

Herbert Aceituno, 38 anos, declarou em uma entrevista em maio: “O que Deus não me deu em altura, Ele me deu em força.” Nascido com acondroplasia e hidrocefalia, Aceituno começou a praticar levantamento de peso após ser convidado por um amigo para ir à academia.

“Esta medalha é para Deus e em memória do meu pai que lá do céu se orgulha do que se faz neste esporte tão lindo”, declarou.

Os Jogos de Paris serão a terceira participação de Aceituno. Em Tóquio 2020, ele conquistou o bronze na categoria de levantamento de peso até 59 quilos, tornando-se o primeiro salvadorenho a ganhar uma medalha paralímpica. No Instagram, ele expressou: “Obrigado, Deus. Agora o sonho paralímpico começa novamente e, se Deus permitir, teremos uma nova felicidade para este país.”

6. Jamie Whitmore-Meinz, EUA – Ciclismo

Em 2008, Jamie Whitmore-Meinz foi diagnosticada com sarcoma de células fusiformes, resultando na amputação parcial de sua perna esquerda. Pouco depois, ela descobriu que estava grávida de gêmeos.

“Eu sempre cresci sabendo que a força vem de [Deus]”, ela disse sobre esse momento de sua vida em uma entrevista ao Sports Spectrum em 2022. “Eu vou falhar e estragar tudo, mas confio que [Deus] vai me tirar dali.”

Aos 48 anos, Whitmore-Meinz conquistou o ouro na corrida de estrada feminina C1-3 nos Jogos Rio 2016. Com 12 campeonatos mundiais em diversas disciplinas, ela também ganhou o prêmio ESPY de Melhor Atleta Feminina com Deficiência em 2014. Em uma postagem no Facebook, ela expressou sua gratidão a Deus por ter completado 16 anos livres do câncer e por ter chegado aos seus terceiros Jogos Paralímpicos. “Deus é bom!” afirmou.

7. Jessica Long, EUA – Natação

Por anos, Jessica Long, uma das nadadoras paralímpicas mais condecoradas do mundo, lutou com a raiva e o ressentimento por ter sido colocada para adoção.

“Eu sempre estive me provando, certo? Para provar que eu não era apenas uma garota sem pernas, que eu valia a pena, que eu poderia encontrar uma maneira de perdoar minha mãe biológica e que isso realmente foi a melhor coisa”, a jovem de 32 anos compartilhou recentemente no The Natalie Tysdal Podcast.

Jessica, que nasceu sem ossos na parte inferior das pernas, vivia em um orfanato siberiano. Ela passou por 25 cirurgias após chegar aos EUA. Com 13 recordes mundiais e uma medalha de ouro conquistada aos 12 anos, ela se prepara para sua sexta Paralimpíada, destacando que nadar é um talento que considera dado por Deus.

8. Karé Adenegan, Grã-Bretanha – Corrida de cadeira de rodas

Karé Adenegan, de Coventry, Inglaterra, nasceu prematuramente com paralisia cerebral e usa cadeira de rodas.

Aos 11 anos, inspirada pelas medalhas de ouro de Hannah Cockroft nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, Adenegan viu a possibilidade de competir em nível de elite.

Quatro anos depois, nos Jogos do Rio 2016, ela ganhou uma prata e duas bronzes, e em Tóquio, mais duas pratas. Em Paris, ela competirá novamente contra Cockroft nas corridas de 100 e 800 metros.

Em sua conta do Instagram e em entrevistas, Karé Adenegan destacou corajosamente a fonte de seu sucesso. Após os Jogos de Tóquio, ela escreveu que, apesar de realizar seu sonho, “só Jesus satisfaz. A maior conquista deste ano foi se apaixonar por Jesus novamente.”

9. Katarina Roxon, Canadá – Natação

Aos 15 anos, Katarina Roxon foi a nadadora mais jovem a representar o Canadá nas Paralimpíadas de Pequim 2008.

Oito anos depois, ela ganhou ouro nos 100 metros peito no Rio e ajudou a equipe a conquistar bronze no revezamento 4×100 livre em Tóquio 2020. Apesar de ter considerado a aposentadoria, ela competirá em sua quinta Paralimpíada em Paris.

“Passar por muitos vales neste último quadriciclo realmente me fez confiar em Deus e em sua vontade para mim, seja ela qual for”, escreveu Roxon, 31, no Instagram.

Roxon, que é amputada no braço esquerdo abaixo do cotovelo, vê sua diferença como um superpoder. Ela acredita: “Estamos todos em posições que podem mudar o mundo! Então, use as habilidades com as quais Deus o abençoou para transformar a vida de alguém para melhor!”

10. Nicolas Pieter Du Preez, África do Sul – Ciclismo

Nicolas Pieter Du Preez, campeão do ciclismo de mão, defenderá seu título nas Paralimpíadas de Paris. Em 2003, Du Preez sofreu um acidente de bicicleta, quebrando o pescoço e perdendo a função das mãos e dedos. Dez anos depois, ele se tornou a primeira pessoa com tetraplegia a completar um triatlo Ironman.

Ele conquistou o ouro na corrida de contrarrelógio masculino H1 nos Jogos de Tóquio 2020, mesmo após ter sofrido uma grave lesão no ombro no ano anterior.

Praticar esportes é como ele passa o tempo com o Senhor. “Eu basicamente escapo e me conecto comigo mesmo e com Deus sempre que estou treinando, especialmente nas sessões de treinamento longas e fáceis”, ele compartilhou em uma entrevista de 2022.





Source link

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

THE CONNECT FAITH é um evento internacional que explora a influência do cristianismo no desenvolvimento das nações, destacando tecnologias emergentes e estratégias para conectar e descobrir oportunidades em organizações públicas e privadas em prol do terceiro setor.

THE CONNECT FAITH é um evento internacional que explora a influência do cristianismo no desenvolvimento das nações, destacando tecnologias emergentes e estratégias para conectar e descobrir oportunidades em organizações públicas e privadas em prol do terceiro setor.

25 e 26 DE OUTUBRO DE 2024

Sexta-feira 10h às 22h | Sábado 10h às 22h

Distrito Anhembi, Av. Olavo Fontoura, 1209, Santana São Paulo – SP

© 2024 THE CONNECT FAITH. Todos os direitos reservados.

plugins premium WordPress
Rolar para cima