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Desde que o grupo de rebeldes Hayat Tahrir al-Sham (HTS) iniciaram uma campanha de tomada de poder em 29 de novembro, na Síria, concretizando completamente esse plano no dia 7 desse mês, com a tomada de Damasco, os cristãos que vivem no país passaram a ter por suas vidas.
Isto se deve ao histórico do grupo HTS, considerado dissidente da Al-Qaeda, outro grupo extremista islâmico responsável por ataques aos cristãos. De acordo com a organização Portas Abertas, os laços entre ambos foram cortados em 2016, mas ainda há dúvidas sobre como os rebeldes vão reagir, estando agora no poder.
Sob a ditadura de Bashar al-Assad [que fugiu do país], que comandou a Síria por 29 anos, os cristãos já enfrentavam dificuldades, mas, agora, a incerteza sobre como será a conduta do novo regime tem deixado eles diante de um futuro desconhecido, segundo a Portas Abertas.
Por outro lado, declarações do líder do HTS, Ahmed al-Sharaa, também tem alimentado a esperança de que a segurança dos cristãos e outras minorias será garantida pelo novo regime.
“Ninguém tem o direito de apagar outro grupo. Essas seitas coexistiram nesta região por centenas de anos, e ninguém tem o direito de eliminá-las”, disse Ahmed à CNN, se referindo também aos seguidores de Cristo.
Mas, para Henriette Kats, analista de pesquisa da Portas Abertas no Oriente Médio, apesar das promessas de Ahmed al-Sharaa, ainda é muito cedo para acreditar totalmente que elas serão cumpridas, motivo pelo qual a dúvida sobre o futuro dos cristãos persiste.
“A transição de liderança na Síria provocou respostas mistas. Enquanto o HTS promete segurança e coexistência pacífica para todas as minorias, incluindo cristãos, persistem dúvidas devido às origens jihadistas do HTS e ao histórico de abusos dos direitos humanos”, disse Kats.
O ceticismo como relação à conduta do HTS também é compartilhado por David Curry, presidente da Global Christian Relief (GCR), uma organização de vigilância religiosa e apoio missionário às igrejas perseguidas pelo mundo. Veja mais sobre isso, abaixo:
Síria: extremistas roubam ajuda alimentar de cristãos, que temem extermínio
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