Negra Li é batizada na ‘Igreja do Véu’, apontada como seita


Vem repercutindo na imprensa nacional a notícia de que a cantora Negra Li, uma das vozes mais famosas do rapper nacional, foi batizada na Congregação Cristã do Brasil, denominação popularmente conhecida como “Igreja do Véu”.

A notícia foi confirmada e comentada pelo portal Léo Dias, onde a denominação foi apresentada como sendo de vertente evangélica, porém, de doutrina “radical”. A matéria destacou, por exemplo, o fato das mulheres não poderem cortar o cabelo.

“Apenas homens têm cargo ministerial. Mulheres usam saia ou vestido abaixo do joelho e não cortam cabelo, não podem nem mesmo pregar a palavra”, diz um trecho da reportagem.

Outro costume da Igreja do Véu destacado pelo portal foi o fato dos homens e mulheres da CCB (Congregação Cristã do Brasil) sentarem em locais separados, assim como o uso do véu por parte das mulheres.

Por causa dos costumes rígidos da denominação, a notícia de que Negra Li foi batizada nessa igreja chamou atenção e provocou debates nas redes sociais.

O pastor e apologista Joaquim de Andrade, por exemplo, diretor executivo do “CREIA” (Centro Religioso de Estudos e Informações Apologéticas), publicou uma foto com a artista, tecendo um breve comentário.

Andrade disse que Negra Li “entregou sua vida à Jesus”, mas fazendo a seguinte observação: “Espero que ela dedique sua vida para Deus e não para a CCB!”. Questionado por um seguidor se a Igreja do Véu seria uma “seita”, ele respondeu:

“Continua sendo uma seita, não importa quem está se batizando. Espero que ela se volte para Deus.”

Seita ou não?

A Congregação Cristã do Brasil, ou “Igreja do Véu”, também foi classificada como seita pelo pastor – já falecido – Natanael Rinaldi, considerado uma das maiores referências da apologética doutrinária no Brasil.

Um vídeo onde Rinaldi aponta os motivos pelos quais a CCB pode ser considerada uma seita foi publicado pelo Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP), presidido pelo apologista João Flávio Martinez, no corpo de um artigo que também questiona a denominação.

O texto explica que a CCB brasileira, hoje, não teria o respaldo do seu fundador, Luis Francescon, que mantinha uma boa relação com as demais denominações e não tinha o viés “exclusivista” como os líderes da denominação pensam atualmente.

“Para eles somente sua liderança é Bíblica, somente sua maneira de orar é válida e a pregação do evangelho só é correta através de seus membros. Sem dúvidas, a Congregação Cristã No Brasil está completamente desviada de seus propósitos iniciais”, conclui o artigo. Assista:

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