O renomado psicólogo Jordan Peterson entrevistou o pastor Greg Laurie em seu podcast, e ouviu o veterano pregador afirmar que o céu é para pessoas perdoadas.
Greg Laurie , 71 anos, é pastor na Harvest Christian Fellowship, em Riverside, California (EUA) e líder de uma cruzada evangelística realizada há décadas no estado.
Na entrevista, Laurie relembrou o “pior dia” de sua vida, que foi quando perdeu o filho de 31 anos em um acidente de trânsito, em 2008: “Como cristão, creio que verei meu filho novamente porque ele creu em Jesus. Ele não estará no céu porque sou seu pai, estará porque colocou sua fé em Cristo”.
“Isso me dá esperança. Mas também percebo que Deus pode permitir essas coisas em nossa vida. Não sei por quê. Não consigo explicar. Nem tento explicar”, ponderou o pastor.
Diante do relato do pastor, Peterson fez um paralelo entre o testemunho e a narrativa bíblica, observando que o luto, embora doloroso, demonstra o valor da vida: “A profundidade da sua dor é proporcional à magnitude do seu amor. Você pode dizer ‘bem, como Deus poderia constituir um mundo feito de tal forma que uma criança pudesse morrer?’. E então você pensa ‘se você tem um filho, e o filho morre, e você sofre, a dor é uma indicação da magnitude da perda’. Então o fato de você sofrer, isso é um testamento do valor da vida, mesmo que seja truncado”.
Vida eterna
Na conversa, Laurie enfatizou que acredita na vida após a morte: “Eu acredito no Céu, e acredito nele mais do que jamais acreditei”, pontuando que não se trata de um conceito abstrato, mas como um destino real e tangível, moldado por promessas das Escrituras.
“Como cristão, sempre fui um estudioso do Céu, e a Bíblia fala muito sobre o Céu, mas quando meu filho foi para lá, eu quis saber mais sobre ele. Ao ler a Bíblia, você percebe que o Céu é um lugar real para pessoas reais fazerem coisas reais. Jesus disse: ‘Vou preparar um lugar para vocês’”, acrescentou.
Diante da apresentação dessa realidade futura, o psicólogo afirmou que sofre para assimilar momentos terrenos de transcendência com a promessa da eternidade: “Como você reconcilia, em sua própria mente, a insistência de que parte do padrão moral cristão é aperfeiçoar o mundo e elevar o material ao celestial com a noção de vida após a morte e imortalidade?”, questionou.
O pastor, então, apontou as narrativas bíblicas como uma fonte de clareza, como quando Paulo diz em 2 Coríntios, que foi “arrebatado ao terceiro céu”, ao mesmo tempo em que Jesus prometeu ao ladrão na cruz “Hoje você estará comigo no paraíso”, um termo que poderia ser traduzido como um “jardim real de um Rei”, disse Laurie.
“Paulo foi lá, voltou e, depois disso, disse: ‘Tenho o desejo de partir e estar com Cristo, o que é muito melhor’. Desde aquele momento nesta vida, ele sentiu saudades do Céu. Então, voltando ao meu filho, não sei explicar, mas diria o seguinte: quando ele foi lá, sinto que uma parte de mim também foi lá”, acrescentou.
Graça
Ao refletir sobre sua jornada, Laurie enfatizou que a fé muitas vezes se torna mais tangível diante do sofrimento: “Deus fez muitas promessas. Eu coloquei essas promessas à prova, incluindo a pior coisa de todas, perder um filho. E eu vi como Deus tinha se manifestado a mim. Se Ele não tivesse se manifestado por mim depois que meu filho morreu, eu teria desistido de pregar, com certeza. Por que continuar? Mas Ele se manifestou por mim”.
Como evangelista que é, Laurie concluiu a entrevista com uma apresentação clara do Evangelho: “No final das contas, quando tudo estiver dito e feito, o que é mais importante do que a vida após a morte? O que é mais importante do que onde a passamos? De acordo com a Bíblia, acredito que há um Céu literal, um inferno literal”, declarou.
Ao concluir seu raciocínio, disse que a entrada no céu não depende de méritos: “Não é porque vivi uma vida boa, já que falhei de muitas maneiras, mas porque Cristo deu Sua vida por mim na cruz. Então o Céu não é para pessoas boas, como é frequentemente dito. O Céu é para pessoas perdoadas”, ensinou, conforme informações do The Christian Post.